Andropausa

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A andropausa, atualmente denominada de Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino, é conceituada como o conjunto de sinais e sintomas decorrentes dos níveis abaixo do normal do Hormônio Masculino, a TESTOSTERONA. São os testículos que produzem a testosterona, a qual desempenha várias funções no organismo do homem:

  • Libido (vontade de ter relações sexuais);
  • Ereção peniana, orgasmo;
  • Manutenção do humor e bem estar;
  • Manutenção do vigor físico e força muscular;
  • Manutenção da densidade óssea, evitando osteoporose.

Ao contrário da mulher que, na menopausa, existe uma parada total da produção dos seus hormônios produzidos pelos ovários, no homem existe uma queda gradual da fabricação da testosterona. A partir dos 40 anos de idade, começa a ocorrer uma diminuição na produção de testosterona na ordem de 1% ao ano.

Estima-se que 30% dos homens com mais de 60 anos de idade sofrem da andropausa masculina.

DIAGNÓSTICO

Geralmente, o paciente que vem sofrendo de andropausa tem como queixa principal a impotência sexual. A partir das perguntas formuladas pelo urologista na busca pela causa da impotência, o paciente refere outros problemas que podem fazer suspeitar da andropausa. Os principais indícios de que o paciente esteja com andropausa são:

  • Diminuição dos pensamentos eróticos
  • Diminuição das ereções noturnas e matinais
  • Diminuição da Libido;
  • Disfunção erétil;
  • Diminuição da massa e força muscular;
  • Osteoporose;
  • Fadiga, indisposição, irritabilidade;
  • Baixa concentração mental e problemas de memória;
  • Depressão;
  • Aumento da gordura corporal e do IMC;

Um ou mais dos sintomas acima podem estar presentes, sendo necessária a dosagem sanguínea da testosterona. É sempre importante solicitar as dosagens da testosterona livre e total, sendo que a fração livre representa mais a realidade.

Além dos efeitos negativos na função sexual, musculatura, ossos e humor, a testosterona muito abaixo do normal durante muito tempo está associada a um aumento na mortalidade de uma forma geral, aumento das mortes nos homens que tenham câncer e aumento da morte por doença cardiovascular.

Para definir que o paciente esteja com Andropausa, é obrigatória a associação dos sintomas com a testosterona baixa no sangue, comprovada em laboratório.

TRATAMENTO

O tratamento é baseado na reposição da testosterona. Para propor a reposição do hormônio, é obrigatória a presença dos sintomas característicos e a comprovação laboratorial dos níveis baixos da testosterona. Como praticamente todos os pacientes têm mais de 40 anos é imprescindível uma prevenção prévia do câncer da próstata através do toque retal e dosagem de PSA, que dever estar normais. E é exatamente a suspeita ou a presença do câncer da próstata a principal contraindicação para a reposição hormonal.

Afastada a possibilidade de câncer da próstata, a reposição com a testosterona pode ser iniciada. A reposição é realizada através de injeções intramusculares aplicadas de 15 em 15 dias ou de 90 em 90 dias, dependendo do tipo de testosterona utilizada. Com as aplicações a cada 3 meses, os níveis de testosterona se elevam e se mantém em níveis muito próximos do que se considera normal, sendo portanto mais indicado. O problema é o custo ainda elevado.

O retorno da testosterona para níveis normais eliminará os sintomas causados pela sua deficiência.

É importante lembrar que a reposição da testosterona não causa câncer na próstata, mas pode acelerar o crescimento do tumor, caso ele esteja presente. Por isso, após iniciar a reposição, a dosagem do PSA deve ser feita a cada 3 meses durante o primeiro ano.

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